sábado, 27 de abril de 2013

Inclusão onde uma escola despreparada e ineficiente espera/teme que o aluno NEE bata à porta ...

Minhas inquietações...


Apesar de saber que existem escolas onde as gestões tomaram como um desafio preparar seus espaços, meios e recursos (inclusive humano - aqui incluindo pessoal de apoio e alunos, sem falar de professores) para receber e incluir os alunos com necessidades educativas especiais... 
Já outras escolas...
O pessoal mais tempo se queixando da impossibilidade, que cuidado de acabar com a ineficiência e "preguiça". Mudar dá trabalho... Mudar mexe com muito comodismo... Mudar desacomoda muita gente... 
Mas, mudar é necessário... A mudança tem a ver com a vida... Estamos sempre mudando, mudar é positivo, é bom, sem falar que este espaço é deles... Não podemos negar este direito, muito menos garantí-los as duras penas das "aparências". A inclusão é viável, é possível, é benéfica e necessária...
EU COMPRO ESTA LUTA !


Com base no texto “A importância da mediação para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores de alunos da Educação Especial: contribuições da Psicologia Histórico-Cultural” como você, professor, pode promover a mediação no contexto de uma Educação Inclusiva 
Inicialmente, acredito que o conhecimento deste aluno é fundamental no processo de acolhimento, geralmente, as localidades que possuem CAP – Centro de Apoio Psicopedagógico (já estagiei em um deles) e CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, dispõe desta rotina: ao receber uma pessoa com necessidade especial é feito um preenchimento de formulário e uma entrevista do aluno (anamnese) e responsáveis (se possível a família, inclusive com visita ao domicílio) que será analisada pela equipe (pedagogo,psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e outros envolvidos). Isto porque, precisamos antes de mais nada analisar o aluno, sua condição física, sócio-cultural-econômica e sua deficiência. 
A partir do momento em que se tem noção do contexto e da limitação que dificulta a inserção deste aluno no processo educativo, e, porque não dizer, no contexto social, os profissionais individualmente analisam as informações obtidas e, retornam à mesa de discussão com propostas que possam solucionar ou amenizar as dificuldades de aprendizagem e inserção social, inclusive partindo de adaptações e readequação das condutas individuais, para que o aluno diminua as distâncias que o separam da autonomia de forma geral. 
É óbvio que se pressupõe que a escola já esteja adaptada para inclusão, neste caso não só em relação à parte física, mas em relação à formação acessória do professor no que diz respeito às deficiências, dentre as quais está a Intelectual. 
Os procedimentos relativos ao aluno D.I. em sala regular dependem de todo este processo, a depender do caso o aluno com D.I. necessita de cuidador, que o acompanhará durante todo o processo, inclusive, atualmente a Câmara do Senado analisa o Projeto de Lei 8014/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que torna obrigatória a presença de cuidador em escolas, quando necessário, para acompanhar pessoas com deficiência. O projeto acrescenta um parágrafo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei9.394/96). Esta lei estabelece que aos alunos com deficiência deverá ser oferecido cuidador preferencialmente na rede regular de ensino, sendo previsto, também pela LDB, que esses alunos só serão atendidos em classes, escolas ou serviços especializados quando, por causa das condições específicas, não for possível a integração nas classes de ensino regular. 
Concordo com a fala de Denise, existem situações onde o professor não está preparado, bem como a escola não se preparou para esta inclusão. Existem, é claro, exceções por este mundo afora, mas tanto é necessário professores que façam sua parte, e da melhor forma possível, quanto de escolas que busquem, como um todo, adequar suas práticas às demandas dessa clientela, hoje reconhecida como nova. 
E, as adequações perpassam o limite físico, já que um professor bem preparado pode improvisar, criar seus próprios recursos. 
Há os que dirão que isto é desvio de função, eu prefiro dizer que isto é a realidade. Eu fiz o curso de Atendimento educacional especializado, - Coordenação de Sala de Recursos Multifuncionais e, pasmem, lá nos foi ensinado que o MEC nos envia apenas um pacote por Centro ou Sala de Recurso, e este pacote atende à demanda prevista nos censos dos exercícios anteriores. Ou seja: O mínimo necessário seria que a escola recebesse recursos físicos para todo tipo de deficiência. Não é o que acontece. Outro detalhe: os recursos que vem nestes kits são mínimos e insuficientes para um trabalho no mínimo, desculpe a palavra, “medíocre”, o que nos ensinam no curso é que devemos, por conta própria, buscar formação em recursos para a sala de AEE, que na maioria são feitos com materiais recicláveis. 
Atualmente, os cursos de formação passam pelo veto do diretor, ou melhor, dependem da divulgação do diretor que na maioria das vezes não repassa a informação nas atividades complementares e nos quadros de avisos (lembrem-se que eu coloquei “e” e não “ou”, visto que o professor de da atualidade anda tão abarrotado de serviço que na maioria das vezes não tem tempo nem coragem para buscar formação por “livre e espontânea vontade”. 
Não apenas os professores devem ser preparados para receber o aluno com deficiência, mas os funcionários e os alunos. Alguém pode questionar se isto é possível... 
Depende da vontade política e da competência da equipe gestora. Dou aula em uma cidadezinha do interior onde a “ordem dos gestores” é que todos alunos aprendam Libras. Imagine se prepararmos nossos alunos não apenas em Libras, mas em como acolher o aluno com D.V., o aluno com D.I. (seja qual for a especificidade). 
A partir do momento em que os considerados “diferentes” passem a ser aceitos como pertencentes à diversidade humana, já que o que temos em comum é justamente não sermos iguais entre nós mesmos, as práticas sócio-pedagógicas vão se desenvolver com mais sucesso para todos os envolvidos. 
Acredito que, pedagogicamente falando, em decorrência da análise, o material pedagógico deve ser direcionado, dentro da matriz curricular, de forma a contemplar os conteúdos focalizados, de forma que proporcione ao aluno com D.I. o entendimento. O que pode ocorrer de diversas formas, podendo ser utilizado a representação artesanal de um aspecto geográfico através de massinha, de materiais de diversas texturas, de estratégias lúdicas, de historinhas, de maquetes, do trabalho em pares. O mais importante é que o tempo demandado para a aprendizagem de cada aluno deve ser levado em conta. E, a estratégia citada por Vivi, ou seja: solicitar feedback ao aluno é essencial, independente da deficiência, bem como respeitar o momento, porém analisando cada comportamento para reportar posteriormente. 
Este é outro ponto, a avaliação do aluno com D.I. deve ser feita tendo como base o relatório evolutivo, não o quantitativo, porém as escolas regulares ainda avaliam todos alunos tendo por base os mesmos instrumentos. 
Temos ainda muito que trocar, muito que aprender e vivenciar dentro desta temática para que possamos encontrar respostas para nossas dúvidas e assim possamos adquirir competência pedagógica para não apenas lidar de forma esperada com a inclusão, mas que nos tornemos multiplicadores e batalhadores por uma realidade realmente inclusiva nos espaços sociais, a exemplo da escola, nosso marco primordial. 

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