meu
segundo poema,
o qual
dedico aos funcionários terceirizados de nossas escolas que estão sem
trabalhando sem receber, sem condição de pagar nem mesmo a própria condução,
aumentando os empréstimos e endividamento. Esta é mais uma forma de protesto...
“ ITA SPERATUR JUSTITIA”
A estrada girava,
O vento zunia
A cabeça girava
As mãos vazias,
O vento zunia
A cabeça girava
As mãos vazias,
O vagão escuro,
Qual alpendre vazio,
Zunindo, zunindo,
A tremer de frio
Qual alpendre vazio,
Zunindo, zunindo,
A tremer de frio
Vagão dos
sonhos
Do qual nos tragam,
Nos cegam, embromam,
Sonegam e matam...
vidas e esperanças,
Esmaem, degradam.
Amada, tu és?
Do qual nos tragam,
Nos cegam, embromam,
Sonegam e matam...
vidas e esperanças,
Esmaem, degradam.
Amada, tu és?
Locus de
injustiças, desenganos
Desídias...
Vendem-se por tão pouco
Matam-se, atropelam-se,
Pelo poder, perdem a noção.
Desídias...
Vendem-se por tão pouco
Matam-se, atropelam-se,
Pelo poder, perdem a noção.
Trucidam a ti que se envergonha
Muda, quieta, inerte, em vão...
Feridas...
Muda, quieta, inerte, em vão...
Feridas...
Hoje panelaços revelam...
Terra minha...Amada, es tú?
Terra minha...Amada, es tú?
Te exploram... Te pisam...
Te cospem... Te quebram em pedaço...
Trucidam a ti
Te quedas inerte..
Te quedas inerte..
A ponto de trucidar a ti mesma?
Ferem- te... Deixa-te ferir???
Ferem- te... Deixa-te ferir???
Ecos de panelaços...
Ouve??? Queres ouvir???
Ouve: “ ITA SPERATUR JUSTITIA”
Ouve??? Queres ouvir???
Ouve: “ ITA SPERATUR JUSTITIA”
por: Simões, Janice




Nenhum comentário:
Postar um comentário