Uma colega partilhou e eu também partilho pela extrema relevância.
Abraços.
Chimamanda Adichie - Os perigos de uma história únicahttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZUtLR1ZWtEY#!
domingo, 28 de abril de 2013
LUGAR DE FAMÍLIA É NA ESCOLA ! ! !
Há muito tempo atrás as pessoas cuidavam dos seus filhos e não precisavam ser convidadas a ir à escola. Na verdade elas sentiam a escola como se fosse extensão do próprio lar. Sempre arranjavam um tempinho de estar por lá. Era um tempo onde os pais se preocupavam com quem os filhos andavam, o que os filhos estavam fazendo, como estavam se comportando. E, a escola estava sempre movimentada, era um pai e uma mãe entrando e saindo... O movimento era tão intenso que todos na escola se conheciam pelo próprio nome. Não era a " mãe de fulano" ou tem uma "mulher aqui querendo falar com a diretora". Desde o porteiro à diretora, todos conheciam os nomes, ou pelo menos o nome de um dos pais dos alunos.
Hoje, as pessoas parecem insensíveis à falta de respeito, à falta de moral, e conformados têm seus direitos violados e se calam... Os tempos passaram... As famílias entraram em conflito e sua configuração sofreu com isto. Os pais descobriram que possuem vontade, desejos e conflitos além do espaço famíliar... E, em uma busca desenfreada por se descobrirem mergulharam no egoísmo e na irresponsabilidade familiar.
Se por um lado é psicologicamente justificado, por outro passa a ser completamente inaceitável, vez que pode-se buscar alternativas que não comprometam os entes familiares. A responsabilidade pela constituição e evolução da família é consequência e, deve ser assumida e preservada.
A criança não pode ser atropelada por circunstâncias que independem de sua própria essência.
Sejam quais forem os conflitos, sua vida, suas necessidades precisam ser preservadas. Daí a necessidade de ao menos um pai ou uma mãe presente no cotidiano da criança para que esta se sinta desejada, sinta que existe alguém em quem confiar, alguém que não a deixe na mão, alguém que se preocupe e zele por ela.
Parece muito, mas não é... A criança, em seu silêncio mudo deixa uma lacuna de um pedido por muito do que ela tem direito... A presença não é medida em quantidade de segundos, minutos, horas, meses, anos... A presença estar no olhar, no afago, por mais simples que este seja... Em um simples elogio... Em um conselho ponderado, honesto, sincero, direto e racional... Por incrível que possa parecer, existem pessoas esclarecidas, formadas e bem formadas... mas que, em meio ao egoísmo cegante, deixa de enxergar que uma criança é um ser, um indivíduo único, também com dúvidas, inquietações, alegrias, medos, inseguranças, necessidade de falar, de ouvir, de ser ouvida, de participar, de se sentir notada...
Criança precisa de afeto, de estímulo, de carinho ( nada disso o dinheiro compra, portanto condição social não é empecilho)...
Crianças sente necessidade de que seus pais reservem um tempinho para brincar junto com elas...
Crianças estão em processo de construção, portanto precisam que seus pais participem de sua educação explicando com clareza os devidos "porquês"...
Crianças precisam de pais que estimulem bons hábitos...
Crianças também precisam de limites... E, esperam que seus pais os conduza nesta descoberta de forma diplomática...
Finalmente, já passou da hora da família e escola se sentarem à mesa para, em diálogo, discutir, propor e cobrar medidas, nas quais todos se articulem e participem ativamente, dentro das possibilidades... Retomar a parceria antiga, buscar recuperar o que foi perdido, prevenir perdas presentes e futuras, antes que mais lágrimas sejam derramadas.
sábado, 27 de abril de 2013
Trabalho com crianças com D.I.
Os combinados são excelentes
estratégias, bem como as habilidades de relacionamentos com pares e estímulos
socio-comportamentais, a sociologia inclusive diz que nós somos moldados pela sociedade,
e isto é um fato.
Somos ensinados a agir socialmente diante das formas padrão, e os teóricos destacam como habilidades a serem desenvolvidas o cumprimento, o elogio, oferecer ajuda, o socializar a partir do brincar em conjunto. Bem como as habilidades de autocontrole que possibilitarão a interação social, como o controlar humor, negociar, lidar com críticas, etc... Como também o desenvolvimento das habilidades acadêmicas, tão importantes no processo de desenvolvimento, segurança, sequência da aprendizagem, a partir da mediação do professor e do trabalho entre pares e em grupo, onde dúvidas serão esclarecidas, passos serão seguidos, a autonomia na aprendizagem será estimulada para que todos saibam trabalhar de forma independente etc);
Somos ensinados a agir socialmente diante das formas padrão, e os teóricos destacam como habilidades a serem desenvolvidas o cumprimento, o elogio, oferecer ajuda, o socializar a partir do brincar em conjunto. Bem como as habilidades de autocontrole que possibilitarão a interação social, como o controlar humor, negociar, lidar com críticas, etc... Como também o desenvolvimento das habilidades acadêmicas, tão importantes no processo de desenvolvimento, segurança, sequência da aprendizagem, a partir da mediação do professor e do trabalho entre pares e em grupo, onde dúvidas serão esclarecidas, passos serão seguidos, a autonomia na aprendizagem será estimulada para que todos saibam trabalhar de forma independente etc);
Também as habilidades de
ajustamento, para que os alunos (de forma geral e no caso do D.I., específica,
desenvolvam capacidade para seguir regras e instruções, usar tempo livre de
forma apropriada, atender a pedidos etc); as habilidades assertivas, que
tornarão a capacidade de interlocução mais frutífera, fazendo com que todos se
sintam seguros e confiantes à iniciar conversação, aceitar convites, responder
cumprimentos etc), entre outras.
Outras habilidades são destacadas por Del Prette e Del Prette (2006) como autocontrole, capacidade de expressão, controle e expressão emocional, empatia, civilidade, assertividade, capacidade de solucionar problemas, fazer amigos e ter habildades sociais acadêmicas como fundamentais.
Ao mesmo tempo atribui ao professor a missão de promover o alcance destas habilidades através da promoção de ações e mediação constante.
A idéia, e inclusive, várias
vezes é citado no módulo e em outros trabalhos científicos nesta área, é que
faça parte das ações dos gestores e coordenadores pedagógicos a formação do
professor e demais profissionais da equipe ( do porteiro à merendeira, do professor
ao atendente administrativo, do gestor ao coordenador), tenham momentos
formativos, inclusive diferenciados das atividades complementares, instituídos
de forma permanente no calendário escolar para aprendizagem, estudos,
discussões e desenvolvimento das melhores estratégias no sentido da inclusão
educacional. Uma
atividade interessante é inserir a ludicidade e as tecnologias ( Objetos de
aprendizagem ). Muitas vezes, um vídeo bem colocado, uma dinâmica e uma
abordagem bem estruturada rende bons resultados.
Inclusão onde uma escola despreparada e ineficiente espera/teme que o aluno NEE bata à porta ...
Minhas inquietações...
Apesar de saber que existem escolas onde as gestões tomaram como um desafio preparar seus espaços, meios e recursos (inclusive humano - aqui incluindo pessoal de apoio e alunos, sem falar de professores) para receber e incluir os alunos com necessidades educativas especiais...
Já outras escolas...
O pessoal mais tempo se queixando da impossibilidade, que cuidado de acabar com a ineficiência e "preguiça". Mudar dá trabalho... Mudar mexe com muito comodismo... Mudar desacomoda muita gente...
Mas, mudar é necessário... A mudança tem a ver com a vida... Estamos sempre mudando, mudar é positivo, é bom, sem falar que este espaço é deles... Não podemos negar este direito, muito menos garantí-los as duras penas das "aparências". A inclusão é viável, é possível, é benéfica e necessária...
EU COMPRO ESTA LUTA !
Com base no texto “A importância da mediação para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores de alunos da Educação Especial: contribuições da Psicologia Histórico-Cultural” como você, professor, pode promover a mediação no contexto de uma Educação Inclusiva
Inicialmente, acredito que o conhecimento deste aluno é fundamental no processo de acolhimento, geralmente, as localidades que possuem CAP – Centro de Apoio Psicopedagógico (já estagiei em um deles) e CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, dispõe desta rotina: ao receber uma pessoa com necessidade especial é feito um preenchimento de formulário e uma entrevista do aluno (anamnese) e responsáveis (se possível a família, inclusive com visita ao domicílio) que será analisada pela equipe (pedagogo,psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e outros envolvidos). Isto porque, precisamos antes de mais nada analisar o aluno, sua condição física, sócio-cultural-econômica e sua deficiência.
A partir do momento em que se tem noção do contexto e da limitação que dificulta a inserção deste aluno no processo educativo, e, porque não dizer, no contexto social, os profissionais individualmente analisam as informações obtidas e, retornam à mesa de discussão com propostas que possam solucionar ou amenizar as dificuldades de aprendizagem e inserção social, inclusive partindo de adaptações e readequação das condutas individuais, para que o aluno diminua as distâncias que o separam da autonomia de forma geral.
É óbvio que se pressupõe que a escola já esteja adaptada para inclusão, neste caso não só em relação à parte física, mas em relação à formação acessória do professor no que diz respeito às deficiências, dentre as quais está a Intelectual.
Os procedimentos relativos ao aluno D.I. em sala regular dependem de todo este processo, a depender do caso o aluno com D.I. necessita de cuidador, que o acompanhará durante todo o processo, inclusive, atualmente a Câmara do Senado analisa o Projeto de Lei 8014/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que torna obrigatória a presença de cuidador em escolas, quando necessário, para acompanhar pessoas com deficiência. O projeto acrescenta um parágrafo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei9.394/96). Esta lei estabelece que aos alunos com deficiência deverá ser oferecido cuidador preferencialmente na rede regular de ensino, sendo previsto, também pela LDB, que esses alunos só serão atendidos em classes, escolas ou serviços especializados quando, por causa das condições específicas, não for possível a integração nas classes de ensino regular.
Concordo com a fala de Denise, existem situações onde o professor não está preparado, bem como a escola não se preparou para esta inclusão. Existem, é claro, exceções por este mundo afora, mas tanto é necessário professores que façam sua parte, e da melhor forma possível, quanto de escolas que busquem, como um todo, adequar suas práticas às demandas dessa clientela, hoje reconhecida como nova.
E, as adequações perpassam o limite físico, já que um professor bem preparado pode improvisar, criar seus próprios recursos.
Há os que dirão que isto é desvio de função, eu prefiro dizer que isto é a realidade. Eu fiz o curso de Atendimento educacional especializado, - Coordenação de Sala de Recursos Multifuncionais e, pasmem, lá nos foi ensinado que o MEC nos envia apenas um pacote por Centro ou Sala de Recurso, e este pacote atende à demanda prevista nos censos dos exercícios anteriores. Ou seja: O mínimo necessário seria que a escola recebesse recursos físicos para todo tipo de deficiência. Não é o que acontece. Outro detalhe: os recursos que vem nestes kits são mínimos e insuficientes para um trabalho no mínimo, desculpe a palavra, “medíocre”, o que nos ensinam no curso é que devemos, por conta própria, buscar formação em recursos para a sala de AEE, que na maioria são feitos com materiais recicláveis.
Atualmente, os cursos de formação passam pelo veto do diretor, ou melhor, dependem da divulgação do diretor que na maioria das vezes não repassa a informação nas atividades complementares e nos quadros de avisos (lembrem-se que eu coloquei “e” e não “ou”, visto que o professor de da atualidade anda tão abarrotado de serviço que na maioria das vezes não tem tempo nem coragem para buscar formação por “livre e espontânea vontade”.
Não apenas os professores devem ser preparados para receber o aluno com deficiência, mas os funcionários e os alunos. Alguém pode questionar se isto é possível...
Depende da vontade política e da competência da equipe gestora. Dou aula em uma cidadezinha do interior onde a “ordem dos gestores” é que todos alunos aprendam Libras. Imagine se prepararmos nossos alunos não apenas em Libras, mas em como acolher o aluno com D.V., o aluno com D.I. (seja qual for a especificidade).
A partir do momento em que os considerados “diferentes” passem a ser aceitos como pertencentes à diversidade humana, já que o que temos em comum é justamente não sermos iguais entre nós mesmos, as práticas sócio-pedagógicas vão se desenvolver com mais sucesso para todos os envolvidos.
Acredito que, pedagogicamente falando, em decorrência da análise, o material pedagógico deve ser direcionado, dentro da matriz curricular, de forma a contemplar os conteúdos focalizados, de forma que proporcione ao aluno com D.I. o entendimento. O que pode ocorrer de diversas formas, podendo ser utilizado a representação artesanal de um aspecto geográfico através de massinha, de materiais de diversas texturas, de estratégias lúdicas, de historinhas, de maquetes, do trabalho em pares. O mais importante é que o tempo demandado para a aprendizagem de cada aluno deve ser levado em conta. E, a estratégia citada por Vivi, ou seja: solicitar feedback ao aluno é essencial, independente da deficiência, bem como respeitar o momento, porém analisando cada comportamento para reportar posteriormente.
Este é outro ponto, a avaliação do aluno com D.I. deve ser feita tendo como base o relatório evolutivo, não o quantitativo, porém as escolas regulares ainda avaliam todos alunos tendo por base os mesmos instrumentos.
Temos ainda muito que trocar, muito que aprender e vivenciar dentro desta temática para que possamos encontrar respostas para nossas dúvidas e assim possamos adquirir competência pedagógica para não apenas lidar de forma esperada com a inclusão, mas que nos tornemos multiplicadores e batalhadores por uma realidade realmente inclusiva nos espaços sociais, a exemplo da escola, nosso marco primordial.
Apesar de saber que existem escolas onde as gestões tomaram como um desafio preparar seus espaços, meios e recursos (inclusive humano - aqui incluindo pessoal de apoio e alunos, sem falar de professores) para receber e incluir os alunos com necessidades educativas especiais...
Já outras escolas...
O pessoal mais tempo se queixando da impossibilidade, que cuidado de acabar com a ineficiência e "preguiça". Mudar dá trabalho... Mudar mexe com muito comodismo... Mudar desacomoda muita gente...
Mas, mudar é necessário... A mudança tem a ver com a vida... Estamos sempre mudando, mudar é positivo, é bom, sem falar que este espaço é deles... Não podemos negar este direito, muito menos garantí-los as duras penas das "aparências". A inclusão é viável, é possível, é benéfica e necessária...
EU COMPRO ESTA LUTA !
Com base no texto “A importância da mediação para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores de alunos da Educação Especial: contribuições da Psicologia Histórico-Cultural” como você, professor, pode promover a mediação no contexto de uma Educação Inclusiva
Inicialmente, acredito que o conhecimento deste aluno é fundamental no processo de acolhimento, geralmente, as localidades que possuem CAP – Centro de Apoio Psicopedagógico (já estagiei em um deles) e CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, dispõe desta rotina: ao receber uma pessoa com necessidade especial é feito um preenchimento de formulário e uma entrevista do aluno (anamnese) e responsáveis (se possível a família, inclusive com visita ao domicílio) que será analisada pela equipe (pedagogo,psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e outros envolvidos). Isto porque, precisamos antes de mais nada analisar o aluno, sua condição física, sócio-cultural-econômica e sua deficiência.
A partir do momento em que se tem noção do contexto e da limitação que dificulta a inserção deste aluno no processo educativo, e, porque não dizer, no contexto social, os profissionais individualmente analisam as informações obtidas e, retornam à mesa de discussão com propostas que possam solucionar ou amenizar as dificuldades de aprendizagem e inserção social, inclusive partindo de adaptações e readequação das condutas individuais, para que o aluno diminua as distâncias que o separam da autonomia de forma geral.
É óbvio que se pressupõe que a escola já esteja adaptada para inclusão, neste caso não só em relação à parte física, mas em relação à formação acessória do professor no que diz respeito às deficiências, dentre as quais está a Intelectual.
Os procedimentos relativos ao aluno D.I. em sala regular dependem de todo este processo, a depender do caso o aluno com D.I. necessita de cuidador, que o acompanhará durante todo o processo, inclusive, atualmente a Câmara do Senado analisa o Projeto de Lei 8014/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que torna obrigatória a presença de cuidador em escolas, quando necessário, para acompanhar pessoas com deficiência. O projeto acrescenta um parágrafo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei9.394/96). Esta lei estabelece que aos alunos com deficiência deverá ser oferecido cuidador preferencialmente na rede regular de ensino, sendo previsto, também pela LDB, que esses alunos só serão atendidos em classes, escolas ou serviços especializados quando, por causa das condições específicas, não for possível a integração nas classes de ensino regular.
Concordo com a fala de Denise, existem situações onde o professor não está preparado, bem como a escola não se preparou para esta inclusão. Existem, é claro, exceções por este mundo afora, mas tanto é necessário professores que façam sua parte, e da melhor forma possível, quanto de escolas que busquem, como um todo, adequar suas práticas às demandas dessa clientela, hoje reconhecida como nova.
E, as adequações perpassam o limite físico, já que um professor bem preparado pode improvisar, criar seus próprios recursos.
Há os que dirão que isto é desvio de função, eu prefiro dizer que isto é a realidade. Eu fiz o curso de Atendimento educacional especializado, - Coordenação de Sala de Recursos Multifuncionais e, pasmem, lá nos foi ensinado que o MEC nos envia apenas um pacote por Centro ou Sala de Recurso, e este pacote atende à demanda prevista nos censos dos exercícios anteriores. Ou seja: O mínimo necessário seria que a escola recebesse recursos físicos para todo tipo de deficiência. Não é o que acontece. Outro detalhe: os recursos que vem nestes kits são mínimos e insuficientes para um trabalho no mínimo, desculpe a palavra, “medíocre”, o que nos ensinam no curso é que devemos, por conta própria, buscar formação em recursos para a sala de AEE, que na maioria são feitos com materiais recicláveis.
Atualmente, os cursos de formação passam pelo veto do diretor, ou melhor, dependem da divulgação do diretor que na maioria das vezes não repassa a informação nas atividades complementares e nos quadros de avisos (lembrem-se que eu coloquei “e” e não “ou”, visto que o professor de da atualidade anda tão abarrotado de serviço que na maioria das vezes não tem tempo nem coragem para buscar formação por “livre e espontânea vontade”.
Não apenas os professores devem ser preparados para receber o aluno com deficiência, mas os funcionários e os alunos. Alguém pode questionar se isto é possível...
Depende da vontade política e da competência da equipe gestora. Dou aula em uma cidadezinha do interior onde a “ordem dos gestores” é que todos alunos aprendam Libras. Imagine se prepararmos nossos alunos não apenas em Libras, mas em como acolher o aluno com D.V., o aluno com D.I. (seja qual for a especificidade).
A partir do momento em que os considerados “diferentes” passem a ser aceitos como pertencentes à diversidade humana, já que o que temos em comum é justamente não sermos iguais entre nós mesmos, as práticas sócio-pedagógicas vão se desenvolver com mais sucesso para todos os envolvidos.
Acredito que, pedagogicamente falando, em decorrência da análise, o material pedagógico deve ser direcionado, dentro da matriz curricular, de forma a contemplar os conteúdos focalizados, de forma que proporcione ao aluno com D.I. o entendimento. O que pode ocorrer de diversas formas, podendo ser utilizado a representação artesanal de um aspecto geográfico através de massinha, de materiais de diversas texturas, de estratégias lúdicas, de historinhas, de maquetes, do trabalho em pares. O mais importante é que o tempo demandado para a aprendizagem de cada aluno deve ser levado em conta. E, a estratégia citada por Vivi, ou seja: solicitar feedback ao aluno é essencial, independente da deficiência, bem como respeitar o momento, porém analisando cada comportamento para reportar posteriormente.
Este é outro ponto, a avaliação do aluno com D.I. deve ser feita tendo como base o relatório evolutivo, não o quantitativo, porém as escolas regulares ainda avaliam todos alunos tendo por base os mesmos instrumentos.
Temos ainda muito que trocar, muito que aprender e vivenciar dentro desta temática para que possamos encontrar respostas para nossas dúvidas e assim possamos adquirir competência pedagógica para não apenas lidar de forma esperada com a inclusão, mas que nos tornemos multiplicadores e batalhadores por uma realidade realmente inclusiva nos espaços sociais, a exemplo da escola, nosso marco primordial.
Quem sou eu?
Sérgio Augusto Sardi (Professor
de Filosofia da PUCRS)
O olhar nos
fundos dos próprios olhos em um espelho pode causar vertigens. Através dos
olhos, e além deles, a imagem aponta para algo imenso e invisível. E, talvez
possamos sentir que a nossa presença no mundo é a fonte de uma imensa
interrogação.
Afinal, quem sou
eu mesmo???
As palavras
vibram, são ditas com intensidade. Ora, não são apenas palavras. Ali, diante de
nós mesmos, não há mais como esconder: somos o próprio mistério. Em cada um de
nós a existência se apresenta como um mistério. Um mistério vivo: eu mesmo,
você. Singulares e belos são os momentos em que o silêncio nos interroga e faz
pensar. Repentinamente, abre-se então uma direção a seguir, e inicia-se uma
aventura. A aventura de ser eu. A aventura de ser você mesmo, único.
Caminho de volta
Lembremos disto
com carinho: cada um de nós é único. Sentir-se único é algo imenso. E faz
sentido saber que, sendo assim, cada um de nós representa uma possibilidade
única da própria humanidade. Mais uma vez, não apenas palavras: é preciso fazer
o caminho de volta para a minha vida, para a sua vida, para o viver de cada um,
para se saber único.Pois o viver é isto que, por mais que possamos falar a
respeito, permanece não dito.
A vida é sempre
mais, infinitamente mais que tudo que possamos dizer a seu respeito. Nós mesmos
somos assim. E é este encontro com o silêncio que nos conduz além. Pois ao
encontrar o limite do dizer, e ao enfrentar este limite por tocá-lo bem de
perto, talvez seja preciso inverter a direção do pensar: em vez de ir de
palavras já prontas para dizer a vida, em vez de reduzir o mundo às palavras já
dadas, voltamos ao lugar onde a significação da palavra nasce, no qual tudo é
novidade.
E cada vez que
nos olharmos em um espelho, bem no fundo de nossos olhos, talvez possamos nos
ver como uma incessante novidade. Cada momento da vida é também uma novidade.
Pode ser, então,
que eu não seja simplesmente eu, e que você não seja simplesmente você. Mas que
eu esteja me fazendo, e que você esteja se fazendo. E que sejamos também a
força de nos fazermos, de nos inventarmos, de inventarmos sentidos às coisas e
à vida, em nossa própria diferença de um modo único. Deve tratar-se de um ato
de amor.
Quando amamos
alguém, esta pessoa se parece única para nós, ela se diferencia de todas as
outras. Deve ser assim com nós mesmos, ao encontrar e criar e amar aquilo que
nos faz únicos. Trata-se de amar a nossa própria diferença, a nossa própria
loucura de sair do padrão para poder dar a si mesmo um presente: viver com
alegria, aumentando-se em suas potências, e vislumbrar uma direção para seguir.
Saber escolher:
A alegria é um
modo de olhar para a vida e para si mesmo diante da vida, por desejá-la tão
intensamente a ponto de nos lançarmos na conquista de nós mesmos. Para nos
fazermos, para nos habilitarmos a sentir o sentido da vida.... Trata-se da
coragem de dizer sim para cada dia que se inicia, para cada momento. De sentir
o infinito valor do tempo que passa e alcançar a possibilidade de ver a beleza
e o bem de existir. A enorme beleza e o bem de simplesmente existir. A enorme
beleza e o bem de simplesmente existir. Mas este não é o caminho mais fácil, e
pode requerer um enfrentamento interior. Mas é ao nos enfrentarmos, é ao
ultrapassarmos nossos próprios limites que nos reconhecemos, que sabemos do que
somos capazes, que nos fazemos.
Mas não nos
fazemos sós. Em nós habitam aqueles que amamos. Eles talvez possam ser
encontrados em algum gesto, em algum prazer que aprendemos ou desaprendemos
(pois é preciso aprender o prazer, e também desaprender, pois para podermos nos
fazer é preciso aprender a discernir quais os prazeres que nos convém, quais os
prazeres que fazem sentido em nossas vidas). Cada um de nós é habitado por suas
relações amorosas. Somo feitos de ligações. E, cada um de nós também habita as ligações
amorosas daqueles que nos amam ou que nos amaram.
Cada um é único,
e também uma multidão. E este único talvez seja o modo como esta multidão vai
se fazendo você mesmo. Onde o outro passa a ser você mesmo. E colocar-se no
lugar do outro reverbera no encontro do outro em você.
Sendo assim, a
pergunta quem sou eu? Transforma-se nessas outras: Quem eu me fiz, quem eu
estou me fazendo? Quem eu estou escolhendo ser? Pois em cada escolha, não
escolhemos apenas o que vamos fazer ou com quem vamos nos relacionar, mas
escolhemos quem vamos ser.
Questões para debate:
1. Por
que é importante perguntar-se: quem sou eu?
2. Como
estou me fazendo? Que escolhas estou fazendo para a minha vida?
3. Pesquisar
sobre o contexto em que o filósofo Sócrates disse: “Conhece-te a ti mesmo”.
4. Analisar
a frase de Heráclito de Éfeso: “Ninguém entra no mesmo rio uma segunda vez,
pois quando isto acontece, já não é o mesmo. Assim como as águas já serão
outras”...
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Meus agradecimentos à minha equipe do APP BAHIA
ht
E aí pessoas,
Vamos lá... pois Drummond já dizia que:
O tempo é o elemento de transformação. Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força consegue destruir e, é preciso ser um realista para descobrir a realidade. É preciso ser um romântico para criá-la.
Muitas dúvidas permearam nossa caminhada, mas nos apropriando de Fernando Pessoa, chegamos a conclusão que:

Nunca ninguém se perdeu. Tudo é verdade e caminho. E: o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
E, Alves transcende os espaços literário, inconscientemente refletindo nossa missão ao dizer que:
Viver é sofrer por um objetivo, mas o gosto doce da vitória revigora todas
as energias.
Personificando as frases de Vinicius de Moraes, cabe dizer que:
Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo. Não podemos desistir, pois: precisamos lutar todos dias de nossas vidas se queremos realmente alcançar alguma coisa. Porque: a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
E, o mais importante de tudo:
A gente não faz amigos, reconhece-os
O tempo é o elemento de transformação. Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força consegue destruir e, é preciso ser um realista para descobrir a realidade. É preciso ser um romântico para criá-la.
Muitas dúvidas permearam nossa caminhada, mas nos apropriando de Fernando Pessoa, chegamos a conclusão que:
Nunca ninguém se perdeu. Tudo é verdade e caminho. E: o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
E, Alves transcende os espaços literário, inconscientemente refletindo nossa missão ao dizer que:
Personificando as frases de Vinicius de Moraes, cabe dizer que:
Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo. Não podemos desistir, pois: precisamos lutar todos dias de nossas vidas se queremos realmente alcançar alguma coisa. Porque: a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
E, o mais importante de tudo:
A gente não faz amigos, reconhece-os
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