A
escola ainda presa aos moldes tradicionais continua utilizando a avaliação como
meio meramente classificatório e excludente, com raras exceções.
Em uma pesquisa, fiz o apanhado juntamente com uma colega e chegamos às seguintes informações:
Em uma pesquisa, fiz o apanhado juntamente com uma colega e chegamos às seguintes informações:
Intervalos
de notas - 4 a 5 - 6 a 7 - 8 a 10
MATEMÁTICA 18 alunos 6 alunos apenas 1 aluno
PORTUGUÊS 18 " 7 " 0
O que leva a um desempenho em percentual:
MATEMÁTICA 18 alunos 6 alunos apenas 1 aluno
PORTUGUÊS 18 " 7 " 0
O que leva a um desempenho em percentual:
Intervalo de notas - 4 a 5 - 6 a 7 - 8 a 10
% MAT 72% 24% 32%
% PORT 72% 28% 0%
Os resultados obtidos se referem
ao 6o. ano do ensino fundamental II e refletem
a necessidade de se repensar:
O que houve de errado no processo
de aprendizagem?
Este questionamento nos leva à
necessidade de se estudar cada avaliação individualmente, tentando resgatar o
processo e hipóteses utilizadas pelo estudante para chegar aos resultados.
Não dificuldade de se visualizar o processo, é imprescindível, caso não haja nenhuma conexão plausível, que se faça
uma abordagem individual solicitando ao estudante que reflita o processo e
explique como e porquê chegou aquele entendimento ou a razão de não ter
respondido.
A avaliação é um instrumento
valioso que serve em primeiro lugar para o professor, para que este entenda a
efetividade e eficácia de seus métodos, do mesmo jeito o contrário deve ocorrer onde apresente indícios de ineficiência ou ineficácia. Reconhecendo os fatos, os resultados devem ser
separados: os positivos deverão ser analisados para que se tenha certeza a que
ponto refletem a aprendizagem dos alunos, ao mesmo tempo qual metodologia a ser
utilizada para que estes alunos continuem no processo de aprendizagem sendo
estimulados às fases posteriores.
No caso de resultados abaixo da meta esperada, estes deverão ser analisados cautelosamente para que se entenda quais
estudantes não aprenderam por deficiência metodológica, quais não aprenderam
por demandarem de estratégias mais adequadas às suas especificidades, quais
estudantes não aprenderam em decorrência do contexto familiar/social em que
estão inseridas e até que ponto estes obstáculos podem ser minimizados pela
escola através de várias ações, discussões, estudos, pesquisas e trocas.
Precisamos mudar nossa concepção
tradicional, superada e equivocada dos processos avaliativos, visto que, como
somos profissionais não apenas de aplicação, mas de reflexão crítica e ajuste e
readequação metodológica de forma contextualizada à realidade de nossos
estudantes, devemos pensar todo processo avaliativo em todo seu percurso buscando entender de que forma a avaliação vem se processando em cada indivíduo, e
quais suas especificidades, qual a melhor forma de contemplar estas diferenças,
para que o objetivo final: a aprendizagem se dê da melhor forma possível.
A avaliação que busca apenas
segregar, excluir, estigmatizar e classificar o estudante é abominável, injusta
e perversa.
Assim acredito.
Janice M M Simões
































